sexta-feira, 29 de maio de 2009

Primeira Guerra Mundial !








A Primeira Guerra Mundial foi uma guerra ocorrida devido pretensões imperialistas entre 1914 até 1918, com conflitos principalmente em regiões européias.





A Europa entra em declínio



A Europa Brilhava sobre o mundo ..Vivi-se o apogeu da sociedade liberal, capitalista.



O apogeu, dialeticamanete, traz consigo germe da mudança. Esse germe eram as próprias contradições permanentes e fundamentais do Modo de Produção Capitalista: a miséria do proletariado em meio à abundância, as crises de superprodução, a frenética busca de mercados, os problemas sociais e econômicos .. . Enfim, todos esses problemas, ao evoluírem, geraram a crise do mundo liberal capitalista, e a Primeira Grande Guerra representou na prática o início desta crise. Mas o longo período de relativa paz mantida desde o fim das guerras napoleônicas e o “equilíbrio europeu” estabelecido no Congresso de Viena em 1815 terminava. . .



A Europa não mais brilhava sobre o mundo ...Ofuscada pelos esforços de guerra, seu declínio era inevitável. Os problemas sociais e econômicos agravaram-se: a classe média se pauperizava e a pressão operária aumentava. Em meio à guerra, a Revolução Socialista explodira na Rússia, e, agora, representava uma ameaça para a Europa.





Hegemonia da Europa



A Europa exercia em 1914 a supremacia econômica e política sobre o resto do mundo. Econômica porque controlava a maior parcela da produção mundial, 62% das exportações de produtos fabris e mais de 80% dos investimentos de capitais no exterior, dominando e ditando os preços no mercado mundial. Era a maior importadora de produtos agrícolas e matérias-primas dos países que hoje compõem o Terceiro Mundo.





Hegemonia política porque na sua, expansão o capitalismo europeu levou à necessidade de se controlar os países da Ásia, África e América Latina.





Alianças e choques Internacionais no período anterior à Guerra







O clima internacional na Europa era carregado de antagonismos que se expressavam na formação de alianças secretas e de sistemas de alianças, tornando a ameaça de uma guerra inevitável.



O desenvolvimento desigual dos países capitalistas, a partir de fins do século XIX, levara países que chegaram tarde à corrida neocolonialista internacional, como a Alemanha, a reivindicarem uma redivisão do território econômica mundial tendo se acentuado a rivalidade pela luta por mercados consumidores, pela aquisição de matérias-primas fundamentais e por áreas de investimentos.



Essa rivalidade na época do imperialismo refletiu-se em âmbito mundial devido à interdependência criada entre as economias das diversas regiões do mundo pela expansão do capitalismo. Daí o caráter mundial do conflito. Existiam inúmeros pontos de atrito entre as potências, os quais geravam antagonismos, os principais eram: o conflito anglo germânico , o fraco alemão , o austro russo, o russo alemão , o áustro-sérvio







No plano ideológico a época se caracterizou pela intensificação dos nacionalismos, os quais serviam para encobrir as ambições imperialistas.



Para sustentar o nacionalismo agressivo e o imperialismo beligerante, os países empreenderam a corrida armamentista. Intensificou-se a produção de armas e munição, desenvolveu-se a construção naval, aumentaram-se os exércitos: era a Paz Armada.







“Se a Alemanha fosse extinta amanhã, depois de amanhã não haveria um só inglês no mundo que não fosse rico. Nações lutaram durante anos por uma cidade ou um direito de sucessão - não deveríamos nós lutar por um comércio de duzentos e cinqüenta milhões de libras? A Inglaterra deve compreender o que é inevitável e constitui sua mais grata esperança de prosperidade. A Alemanha deve ser destruí da “ (Trechos de The Saturdaw Review, citado por BLRNS, E.. MCNALL, . op. cit., pág. 784.)





“Um país desfibrado está à mercê do primeiro que chegar, um pais armado, anima do pelo espírito militar e pronto para o combate, está certo de impor o respeito e de evitar os horrores da guerra.”



(Afirmativa de Paul Cambon, diplomata francês, em 1909.)





Essa atmosfera de tensão explica a formação de dois sistemas de alianças.



Essa atmosfera de tensão explica a formação de dois sistemas de alianças. Um, a Tríplice aliança(foi o acordo militar entre a Alemanha, a Áustria-Hungria e a Itália, estabelecido formalmente em 20 de Maio de 1882, em que cada uma garantia apoio às demais no caso de algum ataque de duas ou mais potências sobre uma das partes). aparentemente mais coesa, agrupando Alemanha, Áustria-Hungria e Itália. O único ponto fraco era a Itália, por ser incerta sua atitude na ocasião de um conflito e também por estar se aproximando das potências da Entente Cordiale. O outro sistema era a Tríplice Entente (Foi uma aliança feita entre a Inglaterra, França e o Império Russo para lutarem na Primeira Guerra Mundial contra o pangermanismo e as expansões alemãs e austro-húngaras pela Europa. Foi feito após a criação da Entente Anglo-Russa.) formada de uma aliança militar (a franco-russa) e dois acordos (a Entente Cordiale - franco-inglesa — e o Acordo anglo-russo).



O sistema de alianças secretas gerou um mecanismo tal, que bastava um incidente para desencadear um conflito generalizado. E foi o que ocorreu em julho de 1914, quando o Arquiduque, herdeiro do trono austríaco, Francisco Ferdinando, foi assassinado em Sarajevo por um estudante da Bósnia-Herzegovina (província austríaca reivindicada pela Sérvia).





A partir daí os acontecimentos se precipitaram:





· a Áustria, apoiada pela Alemanha, enviou um ultimatum à Sérvia, o qual, não sendo atendido integralmente, levou os austríacos a declararem a guerra;



· a Rússia mobilizou as tropas em defesa da Sérvia, recebendo um ultimatum alemão para se desmobilizar;



· a 1 ° de agosto a Alemanha declarou guerra à Rússia e, dois dias após, à França;



· imediatamente a Bélgica foi invadida, ignorando a Alemanha a sua neutralidade, o que levou em 4 de agosto, a Inglaterra a declarar-lhe guerra;



· a Itália se omitiu, embora pertencesse à Tríplice Aliança, argumentando que o seu compromisso com a Áustria e com a Alemanha previa sua participação apenas no caso de tais países serem agredidos.






Iniciava-se a Primeira Guerra Mundial (1914-1918)

No início da guerra, sete Estados já se achavam envolvidos diretamente: Áustria-Hungria, Rússia, Sérvia, Inglaterra, Bélgica, França e Alemanha. Á 23 de agosto, o Japão juntou-se aos Aliados e, em novembro, a Turquia aderiu às Potências Centrais. A guerra tomou um caráter mundial à medida que as colônias desses países se viram envolvidas.

A "Guerra de Movimentos"

foi a primeira fase da 1ª Guerra Mundial. Esta fase durou alguns meses, até o início de 1915. A característica mais marcante foi a deslocação muito rápida e constante das tropas, ou seja, o avanço para o território inimigo.

A "Guerra de Trincheiras"

A guerra das trincheiras foi um longo período, da 1ª Guerra Mundial, caracterizado por grande desgaste: elevada mortalidade, grande destruição e elevados gastos financeiros.

1917 – Ano Decisivo para a Guerra

A eclosão do conflito ocorreu em 1917, caracterizando-se pelo agravamento da campanha submarina alemã, mesmo contra os navios neutros, pela entrada dos Estados Unidos no conflito e retirada da Rússia da guerra com a trégua assinada em dezembro, após os Bolchevistas terem tomado o poder. A entrada norte-americana no conflito foi decisiva porque todos os países envolvidos enfrentavam naquele ano problemas internos a Rússia assistiu à deposição da Monarquia em março e à tomada do poder pelos Bolchevistas em novembro; na França, após fracassada ofensiva, as tropas se amotinaram; a Inglaterra estava à beira do colapso, e mesmo entre as Potências Centrais a situação não era boa, uma vez que a campanha submarina alemã fracassara e as dificuldades de abastecimento eram enormes.

O acontecimento, principal, entretanto, foi a adesão dos Estados Unidos às potências da intente, praticamente decidindo o curso da guerra..

Desde o início, os EUA financiavam o esforço: de guerra franco-inglês, sem, no entanto, abdicar de sua neutralidade. Mas a ameaça de uma derrota da Entente, que poria em risco os investimentos norte-americanos nesses países, foi aos poucos levando os EUA a abandonar seu "neutralismo". Os acontecimentos se precipitaram quando a Alemanha declarou ao Presidente Wilson sua intenção de bloquear as ilhas britânicas e a França, tornando perigosa a situação dos navios neutros. A campanha da imprensa igualmente estimulou a entrada dos EUA na guerra. Em abril, o Congresso, por proposta de Wilson, declarou guerra à Alemanha.

A contribuição norte-americana foi decisiva: financeiramente, os EUA passaram a auxiliar diretamente os países da Entente; economicamente, foi um golpe na campanha submarina da Alemanha, que passou a ser bloqueada, ao mesmo tempo que, a entrada em cena dos contingentes norte-americanos quebrou o equilíbrio, já precário, mantida pelas Potências Centrais; diplomaticamente, a maioria dos países da América Latina declarou guerra às Potências Centrais.

1918 – Vitória final do Aliados

O inicio de 1918 foi inaugurado pela enorme ofensiva das Potências Centrais contra a Entente, visando a impor condições a esta, antes que as tropas norte-americanas chegassem totalmente à Europa. Nesse ano, foram utilizadas todas as inovações bélicas (tanques, aviões, gases venenosos etc.), recomeçando a "guerra de movimento". Entretanto, a ofensiva alemã foi paralisada pela segunda batalha do Marne. A balança de forçasse inclinou definitivamente para a Entente, que iniciou uma contra-ofensiva de grandes proporções, levando os alemães ao recuo.

Na Europa Oriental, a Bulgária capitulou, o mesmo ocorrendo com a Turquia que, ameaçada delas vitórias inglesas na Síria e no Iraque, decidiu depor as armas. A Hungria foi ameaçada e os italianos em Vittorio Veneto iniciaram grande ofensiva. O Império Austro-Húngaro se decompôs, pois cada nação proclamou sua independência. Só a Alemanha prosseguiu a guerra, mas a partir de novembro estouraram rebeliões da esquerda e, a 9 de novembro, a República foi proclamada.

A 11 de novembro, os representantes do Governo Provisório alemão assinaram em Rethondes o armistício que punha fim à guerra.

Problemas causados pela Guerra

Esta foi a primeira guerra da qual participaram todas as principais potências do mundo, embora de certa maneira não tivesse deixado de ser, no fundo, uma "guerra civil européia". As guerras anteriores, contudo, se restringiram à Europa e eram travadas entre Estados de economia agrícola. Em 1914 foi diferente: as principais potências envolvidas eram industriais, foram utilizados todos os novos experimentos técnicos e a população civil sentiu na carne a guerra.

Economia de Guerra!

A Primeira Grande Guerra, pela sua duração e, amplidão, levou à necessidade de mudança de atitude do Estado em relação à economia nacional. Cada Estado passou a controlam ou a submeter à sua autoridade a direção da economia, tomando medidas que revolucionaram os hábitos tradicionais, colocando em xeque as concepções doutrinárias tradicionais, uma vez que os diversos Estados:

  • recrutaram obrigatoriamente os civis, já que, em pouco, as "reservas de homens" se tinham esgotada;
  • modernizaram e intensificaram a produção de material bélico; dispuseram da mão-de-obra e regulamentaram seu emprego.

A economia de guerra, que suprimiu a liberdade econômica, incluiu a fixação dos preços de venda das mercadorias e o racionamento mediante o estabelecimento de cotas de consumo à população civil. Proibia-se ou se liberava a importação de produtos de primeira necessidade e se controlavam os transportes, inclusive com o congelamento dos fretes. As fábricas deveriam produzir apenas artigos de guerra, os salários ficavam congelados e proibidas as greves.

O financiamento da guerra ultrapassou as expectativas, tendo os Estados recorrido aos empréstimos externos e internos, destacando-se também o problema dos abastecimentos: pela primeira vez na História adotou-se o racionamento, iniciado na Alemanha e estendido a todos os países, em maior ou menor grau. A vida tornou-se muito difícil para a população civil, que teve seu poder aquisitivo diminuído com a alta desenfreada dos preços e o congelamento salarial em um momento em que a greve era proibida por ser considerada atividade "antipatriótica"...







Adicionar vídeo